quarta-feira, 28 de julho de 2010

LIPOASPIRAÇÃO - PARTE I


A lipoaspiração foi criada na década de 80, com o objetivo de retirar grandes quantidades de gordura a partir de pequenas incisões. É um procedimento cirúrgico importante no que diz respeito ao trauma, devendo ser encarada da mesma forma que as demais cirurgias plásticas.

A hidrolipoaspiração, uma variante da lipoaspiração tradicional, tornou-se a nova sensação nas clínicas de estética. Em função do suposto baixo custo (entre R$ 1.500 e R$2.500) e da promessa de um procedimento cirúrgico rápido e sem sofrimento. Alguns cirurgiões consideram a hidrolipoaspiração como uma distorção da lipoaspiração verdadeira, com o intuito de torná-la menos perigosa. Mas trata-se de um procedimento invasivo que requer os mesmo cuidados de outra cirurgia.

Não se trata de um método de emagrecimento. É indicada para retirar gorduras localizadas. Os locais mais submetidos os procedimento incluem papada, braços, dorso (costas e flancos), abdômen, culotes, pernas e joelhos.

É comum a associação da lipoaspiração a outros procedimentos como abdominoplastia e mamoplastia.

As cicatrizes são muito pequenas, de 2 a 5mm e são colocadas em áreas escondidas, como sob a marca do biquíni, dentro do umbigo ou no sulco mamário. Geralmente são pouco notadas.

A cirurgia dura entre 1 e 3 horas, sob anestesia local, peridural ou geral. Pode ocorrer dor, edema, sensação de ardência, equimoses, fibrose e seroma.

Os pacientes necessitam utilizar uma cinta compressiva e placas de compressão, que auxiliam na redução do edema, aumento da aderência e prevenção de fibrose. O tempo de uso varia entre os cirurgiões, mas a média é de 1mês e meio. Fitas de silicones também são prescritas para as cicatrizes.

Com uma ou duas semanas de pós-operatório já é possível o retorno ao trabalho. E algumas atividades ficam restritas pelo período de 1 mês. Nos casos de hidrolipoaspiração, já é possível o retorno as atividades laborativas no dia seguinte ao procedimento.

A manutenção dos resultados vai depender dos hábitos e do estilo de vida adotados após a cirurgia, como a reeducação alimentar e a prática regular de exercício físico.

O Conselho Federal de Medicina estabeleceu, em 2003, normas de segurança para a realização da lipoaspiração, desde a indicação correta da técnica, os locais onde devem ser feitos, os cuidados pré-operatórios, até quem deve realizar a mesma, no caso, o cirurgião plástico. (http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2003/1711_2003.htm). Ressalta-se os seguintes artigos:

- deve ser executada em salas de cirurgias equipadas para atendimento de intercorrências inerentes a qualquer ato cirúrgico.
- nas sedações endovenosas, bloqueios peridurais, raquianestesias e anestesias gerais é obrigatória a participação do anestesista. Sua presença só é dispensável quando o ato cirúrgico for de pequeno porte e executado sob anestesia local sem sedação endovenosa.
- os volumes aspirados não devem ultrapassar 7% do peso corporal quando se usar a técnica infiltrativa ou 5% quando se usar a técnica não-infiltrativa. Da mesma forma, não deve ultrapassar 40% da área corporal, seja qual for a técnica usada.
- há necessidade de treinamento especifico para a sua execução, sendo indispensável a habilitação prévia em área cirúrgica geral, de modo a permitir a abordagem invasiva do método, prevenção, reconhecimento e tratamento de complicações possíveis.

Segundo a SBCP, a cirurgia estética, nos últimos anos, vem sendo erroneamente realizada por ginecologistas, dermatologistas e endocrinologistas, que apesar de toda a experiência médica, não estão aptos a realizarem esses tipos de intervenções.
Cabe lembrar que a Medicina Estética não é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina.

O Instituto de Defesa do Consumidor elaborou algumas dicas para quem pretende passar por um procedimento estético. São elas:
- o primeiro passo para quem pretende se submeter a uma cirurgia plástica é buscar todo tipo de informação sobre o profissional escolhido. Peça indicações com amigos e conhecidos que já realizaram o mesmo tipo de cirurgia e com médicos de confiança. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br) também pode ser uma base para consulta. Procure saber se o médico indicado é membro da SBCP e se possui o título de especialista.
- o paciente deve sempre avaliar capacidade profissional do médico.
- informe-se sobre a idoneidade do hospital ou da clínica que fará a operação. O estabelecimento deve ter alvará de funcionamento em dia e ser bem equipado para responder a emergência.
- na primeira consulta, o médico deverá responder todas as suas indagações numa linguagem compreensível. Pergunte onde vão ficar as cicatrizes; quais os riscos; como será o pós-operatório; se é possível alcançar os seus objetivos e desejos; quais as possíveis intercorrências e complicações.
- analise a viabilidade dos seus desejos (nem tudo é possível com uma simples operação) e avalie sua saúde física e psicológica. Observe ainda se você terá condições de cumprir o repouso e os cuidados pós-operatórios recomendados.


DICAS DO BLOG: Ao optar por realizar a hidrolipoaspiração escolha uma 5ª f ou 6ªf ou sábado para se submeter ao procedimento. Você terá alguns dias de repouso em casa e poderá ter ajuda de terceiros.

Compre duas cintas. Enquanto uma cinta estiver sendo lavada você terá a outra para substituí-la. O preço da cinta é variável de acordo com a marca. Se optar por uma cinta de marca diferente da prescrita pelo cirurgião plástico consulte-o antes da comprar.

Se achar que a costura da cinta esta marcando o corpo, tente utilizá-la do lado avesso. A compressão será a mesma.

A placa de compressão pode ser rígida ou flexível. O valor também varia entre as marcas. A maioria dos cirurgiões indica a rígidas. Na prática elas são melhores por evitar as marcas e linhas posturais.

O banho é recomendando 24hs após o procedimento, mesmo nos casos de hidrolipoaspiração. A maioria dos pacientes relata sensação de desmaio ao retirar a cinta para o 1º banho. Essa sensação pode ser reduzida se o paciente se alimentar adequadamente antes, caminhar alguns minutos antes de retirar a cinta e após a retirada deve permanecer um pouco sentada tentando manter o olha fixo a um ponto (diminui a vertigem). Recomendo que um acompanhante fique ao lado durante todo este processo e o banho.

Se você realiza o tratamento fisioterápico em casa opte por tomar banho antes ou depois da sessão. Você evita retirada excessiva da cinta durante o dia (quem operou sabe que esse processo é muito doloroso na primeira semana).

Consulte seu médico sobre o uso da arnica. Não há um consenso sobre o uso. Muitos cirurgiões pedem a suspensão pelo potencial vasodilatador e pelo sangramento que pode provocar.

Suspenda o fumo 1 mês antes da cirurgia e durante todo o processo de reabilitação.

A menstruação não é impedimento a cirurgia, mas programe-a fora do período menstrual. Caso seu fluxo seja muito intenso ou por questões de comodidade ou conforto avalie junto ao seu ginecologista a possibilidade de suspender a menstruação temporariamente. Na prática muitas pacientes acham que a higiene fica prejudicada por conta da cinta.

Acrescente ao valor da cirurgia o custo com duas cintas, placas de compressão, medicamentos que serão prescritos após a cirurgia, cosméticos que auxiliarão na cicatrização e o tratamento fisioterapêutico no pós-operatório.

E o mais importante: CONSULTE SEMPRE O SEU MÉDICO.

Na próxima postagem abordaremos o tratamento pré-operatório e o pós-operatório.

* Os dados postados aqui são apenas informativos.

                                                                                                                          Danielle Caetano
                                                                                                  

sábado, 24 de julho de 2010

Drenagem linfática manual na gestação.

A gestação é um período em que a mulher passa por grandes transformações físicas e emocionais. Conviver bem com essas mudanças é imprescindível para a saúde da mãe e do bebê. Durante a gestação as alterações hormonais essenciais à gestação promovem a reabsorção de sódio, causando a retenção hídrica. A gestante tem um aumento de 30% a 50% do volume sanguíneo, podendo reter até 8 litros de água acima do normal. Este acúmulo de líquido é responsável pelo desconforto, inchaço e sensação de peso nos pés e pernas.

A drenagem linfática manual é o tratamento mais indicado para as gestantes. É uma massagem suave e lenta que estimula o sistema linfático. Ativa a circulação sanguínea, ajuda a diminuir a retenção de líquido e os inchaços, promovendo hidratação da pele, melhora do sistema imunológico e eliminação de toxinas pela urina. Além destes benefícios, a drenagem linfática proporciona sensação de bem-estar por promover relaxamento.

Deve ser realizada com cautela, pois se for mal executada pode estimular contrações uterinas e causar até preciptação do parto a partir do sexto mês de gestação. Também pode comprometer a circulação e causar hematomas.

Independentemente de ser realizada em grávidas ou não, na drenagem linfática não se emprega força. Os movimentos são delicados e suaves, pois os vasos linfáticos encontram-se na primeira camada da pele.

As sessões de drenagem linfática podem ser realizadas a partir do segundo trimestre de gestação, uma vez autorizadas pelo obstetra. São indicadas de uma a duas sessões por semana, com duração de aproximadamente uma hora.

É importante que o tratamento seja realizado por um profissional qualificado, que tenha conhecimento sobre o sistema linfático e as mudanças fisiológicas que ocorrem no organismo durante a gravidez.

Espero que vocês gostem deste post.
Podem deixar comentários, dúvidas, experiências....

Bom final de semana!

Att.
Danielle Caetano

quinta-feira, 22 de julho de 2010


Convido todos para conhecer e aproveitar este espaço para trocar informações sobre fisioterapia, saúde, beleza e cirurgia plástica.
Mandem o assunto de interesse para lançar no blog e iniciarmos as discussões e relato de experiências.
Obrigada!